Sabemos que quando o assunto é construção de obras, vários riscos são envolvidos. Além de ter em mãos um bom projeto, a boa escolha dos materiais que serão utilizados na edificação influencia diretamente em seu resultado final.
Por isso, para te deixar pronto para minimizar todos os possíveis perigos, preparamos o guia a seguir, abordando de forma bem completa tudo o que se deve verificar na hora de adquirir um novo material.
Estética
Toda obra de construção civil é como uma obra de arte e a escolha dos materiais devem ser de equivalente importância. Além de conferir uma boa aparência para a construção, a decisão dos materiais a serem utilizados deve representar algo, ter uma identidade, passar uma mensagem.
Em casos de obras residenciais, ela deve possuir o estilo de quem ali vive. Seja a utilização de cimento queimado e luminárias metálicas, trazendo um estilo mais industrial, seja com tons amadeirados e utilização de plantas na decoração, trazendo um estilo mais bordô, ou mesmo quando há apenas o necessário, que passa uma imagem mais séria e tranquila, como é o caso do minimalista.
Já em casos de edificações comerciais, a escolha do material deve-se voltar ao intuito do ambiente. Se você deseja que seu ambiente passe tranquilidade e que seu cliente queira passar mais tempo nele, aposte em cores frias e tons amadeirados. Já em questões de iluminação, aposte em cores quentes! Agora se o seu intuito é de compras rápidas aposte em materiais em tons quentes e iluminação fria. Que ao mesmo tempo em que atrai o cliente, faz com que ele passe pelo ambiente de forma rápida. Esta tática é comumente usada em fast-food.
Vida útil e Sustentabilidade
Sabemos que a construção civil é um dos setores que mais poluem o meio ambiente. Atualmente a maioria das obras é guiada por convenções mais rígidas de sustentabilidade, seja por determinação do cliente ou dos órgãos fiscalizadores. Uma forma fácil de fazer com que sua obra seja mais sustentável é a escolha de materiais com maior “vida útil”, isto é, que conseguem sustentar um bom desempenho sem se degradar por um maior intervalo de tempo, tendo assim um menor impacto no meio ambiente. A situação ideal seria se mesmo após a finalização da vida útil, o material pudesse ser reciclado ou reutilizado, por exemplo.
Então anota essas dicas: materiais finos como cimento e areia devem ser comprados o mais próximo possível de sua utilização, evitando assim o empedramento. Alguns cuidados também devem ser tomados quanto ao armazenamento desses materiais, para que eles tenham o menor contato possível com a umidade, pois caso isso aconteça, perdem essencialmente a sua eficiência e qualidade. Já se tratando se materiais cerâmicos em geral, como telhas e tijolos, deve-se prestar atenção quanto a sua aparência, pois se eles estiverem fissurados, é certo que sua resistência estará comprometida. Caso possua muitas rebabas ou ainda deformações, não deverá ser usado, pois certamente não terá uma fixação boa com as demais peças.
Sendo assim, poderemos classificar a vida útil dos materiais em três grupos. São eles:
Substituível : Tem a vida útil mais curta e a sua manutenção prevista entre 10 e 15 anos, a depender das circunstâncias a que o material é exposto. Como por exemplo, pisos e cerâmicas de parede externas e internas.
: Tem a vida útil mais curta e a sua manutenção prevista entre 10 e 15 anos, a depender das circunstâncias a que o material é exposto. Como por exemplo, pisos e cerâmicas de parede externas e internas. Manutenível : Possui uma vida útil maior que a primeira, mas necessita ainda de manutenção periódica, num intervalo entre 20 e 30 anos, que pode ser agravada ou amenizada pelos agentes a que é exposto, como revestimentos de fachadas e janelas, por exemplo.
: Possui uma vida útil maior que a primeira, mas necessita ainda de manutenção periódica, num intervalo entre 20 e 30 anos, que pode ser agravada ou amenizada pelos agentes a que é exposto, como revestimentos de fachadas e janelas, por exemplo. Permanentes: Materiais não substituíveis que são responsáveis por ditar a vida útil da obra por inteiro, como por exemplo, os materiais destinados à fundação e estruturas. Estes elementos possuem em torno de 50 anos de vida útil.
Propriedades físicas
A importância de conhecer bem esta propriedade dos materiais é notada, pois elas podem dar, se bem aplicadas, uma maior segurança, conforto e durabilidade à obra. Desta forma, a combinação nas proporções corretas das características de alguns materiais pode potencializar a eficiência da obra por completo. Um claro exemplo disto é a combinação do concreto com o aço na confecção do concreto armado, onde o primeiro possui uma boa resistência à compressão enquanto o segundo possui boa resistência a tração, resultando em um conjunto otimizado para utilização em elementos estruturais, como são os pilares.
Já materiais como o gesso, são bons isolantes térmicos e acústicos, porém não devem entrar em contato com a água, pois de dilui facilmente e por isso, não deve ser utilizado em áreas externas. Desta forma, o gesso pode ser utilizado como recobrimento de estruturas para torna-las resistentes ao fogo. Estudos comprovam que uma estrutura recoberta com três cm de espessura de gesso, pode resistir até 45 minutos ao fogo de 1000°C.
Mas caso você esteja pensando em utilizar tijolos cerâmicos como principal material de vedação, saiba que ele possui um excelente isolamento elétrico e térmico. Desta forma, a depender da espessura da parede, conseguimos armazenar certa quantidade de calor, que é transmitido de forma lenta do exterior para o interior da casa.
Pensa em utilizar vidro, mas acha que a temperatura vai aumentar muito? Hoje em dia já existem algumas saídas para esta situação. Uma delas é o uso do vidro duplo com camada metálica, que permite que a luz natural entre através transparência do vidro, e conta com a ajuda de pequenos metais para impedir que o calor seja transmitido para o interior do ambiente. Desta forma, você irá conseguir um bom aspecto estético, sem perder em nada o conforto.
Prontinho, agora você já sabe em quais parâmetros deve encaixar os materiais que você quer utilizar, destinando cada um deles ao melhor uso, certo? Então deixa tudo anotadinho para tocar sua obra da melhor forma. Ah, quando pensar em custos, te recomendo a analisa-los em longo prazo, visando possíveis manutenções, seus impactos e o custo benefício!
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